CANTANDO O AMOR
versos soltos/modinhas
Eu sou a flor à beira do caminho
e você o vento que passa,
despenteia meu cabelo,
vai embora e me deixa sozinha
a chorar pelo seu amor.
Você é o garboso cavalheiro
que de espada em punho fechado
passa orgulhoso, altaneiro
pelos caminhos de minha vida
deixando um rastro de desamor.
Eu sou o cálice que o recebe
como se fosse uma concha d’oiro
que o aconchega, que o embebe
para torná-lo um forte guerreiro
e assim quebrar-me com muita dor.
Você é o navegador, guerreiro dos mares,
que me nega abrigo em sua barca
me fecha as portas da sua casa,
por medo e covardia, fugindo dos ares
que lhe prenderão num grande amor.
Eu sou a fruta que mata a sua fome,
a luz que ilumina a sua noite,
a água que mata a sua sede.
Eu sou a mulher que você ama
e que por covardia, abandona.
ailecaniger -Regina Célia
Direitos Autorais Reservados
Escrita em 28/09/2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário