tag:blogger.com,1999:blog-91947330079645982892024-03-13T08:39:51.034-07:00A EscrivinhadoraPoesias, textos, crônicas, textos poéticos, cartas românticas, serviços de telemensagem. Textos e poesias de Regina Celia (ailecaniger)Unknownnoreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-17244118312430989322012-12-07T09:40:00.001-08:002012-12-07T09:42:01.704-08:00A Velhinha<br />
<h2>
<b><span style="font-size: 16pt;">A velhinha no restaurante</span></b></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ontem, por estar assoberbada de trabalhos, pois véspera de datas especiais é sempre assim, resolvi não preparar o meu próprio almoço e ir a um restaurante perto de casa, onde é servida uma refeição meio sem graça, mas que quebra o galho nas horas de aperto. Eles não capricham, é sempre o mesmo prato feito, o mesmo bife ou o mesmo peito de frango, e deixam de cativar uma clientela que poderia ir ao estabelecimento todos os dias fazer as refeições, já que muitas vezes tendo compromissos, o tempo perdido na cozinha pode fazer a diferença.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas não existe o interesse da parte dos proprietários do restaurante em oferecer o melhor e nem tão pouco dar um atendimento diferenciado e agradável de forma a despertar no cliente o desejo de voltar amanhã ou outro dia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na hora do aperto e da fome me socorro ali mesmo, é perto e não tão caro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estou dando voltas, o que pode tornar longo este relato e talvez enfadonho, já que as pessoas hoje querem ler textos curtos, diretos e objetivos, por esta razão a piada, a charge fazem sucesso na Internet.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então cheguei para almoçar, e logo vi uma velhinha, bem velhinha, e como os pares e os iguais sempre se encontram, como boa velhinha logo botei os olhos nela com interesse. Enquanto eu pedia meu PRATO FEITO, ela escolhia um pãozinho doce e uma coca-cola. Tendo finalizado a compra se dirigiu a uma mesa e tentava abrir a garrafa de coca e não conseguia (problemas da velhice, perde-se a força muscular e também a habilidade de movimentos finos). Pediu que eu abrisse a garrafa, infelizmente tentei e também não consegui e então ela chamou o balconista para ajudá-la.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sentei-me na outra mesa e fiquei esperando o meu farto almoço e não conseguia deixar de olhar para aquela velhinha de cabelos brancos, brancos por igual, arrepiados, encrespados e despenteados, e ela frágil, raquítica, toda desdentada com uma sacola de pano ao lado, comendo uma pão doce e bebendo uma coca-cola. Pensei comigo, “seria a refeição, o almoço daquela velhinha, um pão doce com coca-cola? Que triste meu Deus! Onde será que mora? Tão mal vestida, parecendo estar muito fraca! E por acaso aquilo é refeição que uma pessoa de idade deva fazer para manter-se hígida? E assim muitos pensamentos sombrios passaram pela minha cabeça de também já com certa idade, mas não tanto quanto aquela, nem tão desamparada quanto ela parecia ser”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Trouxeram o meu PRATO FEITO (peito de frango, um super peito por sinal, arroz, feijão e uma salada de alface com tomate). Iniciei minha refeição e logo me veio à cabeça: por que eu não oferecia àquela senhora um prato feito? Mas, enquanto eu ficava tecendo pensamentos mirabolantes, ela terminou seu pãozinho com coca, colocou sua sacola do lado e saiu caminhando para algum canto que não tenho idéia de qual seja.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde ontem, o vulto dela, com seu pãozinho doce e coca com ar de tristeza, de desleixo e abandono, não me sai da cabeça.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meus pensamentos voam, voltam no passado revêem meus velhos pais e amigos, vão para frente e imagino quanta gente velha e doente se espalha pelas ruas das cidades grandes, das cidades pequenas, no Brasil, no mundo, abandonadas pelas famílias, sem apoio e proteção de uma aposentadoria decente (mesmo que tenha uma aposentadoria é tão pouco que não dá para manter moradia e alimentação, mesmo quando se tem a moradia).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fico pensando que o serviço público se vangloria da proteção ao velho e às crianças, mas de fato é um engodo, porque o que eles fazem é arrastar as pessoas numa vida medíocre. Crianças sem proteção alguma, seja da família, do poder público e da sociedade se espalham pelas ruas drogando-se nos primeiros anos da puberdade, matando e roubando antes de aprenderem a ler e escrever – porque a fome e as necessidades básicas de sobrevivência são fortes tanto no ser humano quanto no animal.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Velhos superlotam asilos onde são maltratados. Velhos andam pelas ruas sem rumo e sem apoio. Velhos ricos se amontoam em asilos de luxo custam à família fortunas mensais para serem no mínimo dopados para dormirem muitos e ficarem cada dia mais senis e darem menos trabalho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E ai volta a imagem pra mim de ENVELHECER SEM QUALIDADE DE VIDA melhor não ENVELHER, estender a vida além dos limites da nossa capacidade de nos auto-sustentar não vale a pena.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A velhinha apesar da má aparência, do desgaste físico, me pareceu LÚCIDA. Quando se consegue manter a lucidez não sei se é melhor ou pior, porque na senilidade total a pessoa nem sofre (pelo menos dizem – será?).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E está crônica está sendo escrita com a finalidade de questionar – SE ESTAMOS VIVENDO MAIS – IMPORTANTE SE FAZ MUDAR OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO AO VELHO – ou se dá uma aposentadoria decente, ou o governo pára de enganar as pessoas com o SONHO DA APOSENTADORIA.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E a proteção à criança tem que deixar de ser PRISÕES para ser ESCOLAS – onde se ensina a vida, se dá treinamento profissional e não COERÇÃO – REPRESÁLIAS E AGRESSÕES.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que você acha de tudo isto que escrevi?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fale sobre isto nos nossos comentários, gostarei de saber se sou uma iludida de que o mundo tem como melhorar, ou se sou uma pessoa que critica o que está certo e que não precisa mudar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXiDEHLqkjMWhoX2PYpeAX3NxYlSaRg1WG5M3wmVHUeG-OmqFpEqVq2U-ane0IulmuepqvGE77SQbjxlMwPL3HIw_jJsTflii_UgFYaajTV-AvFtmNwgsz1vvJsxk5pmUPDJHxauQcaQ/s1600/assinatura-regina-celia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXiDEHLqkjMWhoX2PYpeAX3NxYlSaRg1WG5M3wmVHUeG-OmqFpEqVq2U-ane0IulmuepqvGE77SQbjxlMwPL3HIw_jJsTflii_UgFYaajTV-AvFtmNwgsz1vvJsxk5pmUPDJHxauQcaQ/s1600/assinatura-regina-celia.png" /></a></div>
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-62704314125085287942012-10-11T21:16:00.002-07:002012-12-01T18:57:50.778-08:00Primeira Crônica da Vida, seu nome é MFaz já algum tempo que deixei de escrever, não foi por falta de vontade e sim por falta de inspiração. Sem aquele impulso ou objetivo, escrever é um fiasco.<br />
<br />
Depois eu não tenho escrito, porque se no passado eu me acreditei escritora, poeta etc, depois resolvi que eu era apenas uma ESCRIVINHADORA, palavra que é um adjetivo pejorativo, indicando que alguém rabisca, conta estórias, mas não é um literata, não é um escritor.<br />
Então eu resolvi que deixaria de escrever, porque todas as tolices e rimas escritas não interessavam a ninguém a não ser a mim mesma, ao meu ego e aos desabafos e confissões do meu superego.<br />
<br />
Entretanto, de uns tempos para cá, tem aparecido sentada a minha porta uma figura estranha, que olha pra mim com olhos de pedinte, e pede: <strong><em><span style="color: red;">escreva.</span></em></strong><br />
<br />
Hoje, resolvi conversar com esta figura e saber o que ela queria. Para começar perguntei-lhe logo, seu nome e origens, pois como posso escrever sobre alguém que nem conheço, que nunca vi, não sei o nome e nem trajetos de vida. Então ela me disse:<br />
<br />
"<em>É importante saber quem sou? Meu nome, minhas origens</em>?"]<br />
"<em>Se é assim tão importante, eu lhe digo que meu nome é <strong><span style="color: #cc0000;">M</span></strong>, simplesmente M e vim caminhando, navegando, voando sobre montanhas, rios, lagos, lagos, cidades, campos para chegar aqui à sua porta e lhe falar dos meus sonhos perdidos, de minhas horas vazias, dos meus dias fitando um horizonte onde eu acreditava ver a luz</em>."<br />
<br />
Perguntei-lhe então: - <em><span style="color: #38761d;">M não é nome, M é apenas uma consoante do alfabeto, no máximo pode ser a inicial de um nome, mas muitos nomes se iniciam com M - qual é seu nome?</span></em><br />
<br />
"<em>Meu nome é M de Mundo, M de Música, M de Mulher, M de maldade, M de Mar, M de Maria. Porque como M de Mulher eu trago para a Luz do Mundo os seres que o constrói, o edifica, o torna melhor e também o destrói, como M de Música eu canto nas florestas, nas ondas do mar, na arpa dos anjos, no choro das crianças, na alegria dos vitoriosos, na dor dos vencidos, na esperança da juventude, no lamento dos velhos. Como M de mundo eu sou uma parte do todo, a metade de quase nada, a escória, o fundo, a lama, o lixo e também sou o todo que ninguém consegue ver. Como M de mar eu estendo minhas ondas de amor sobre a areia das praias tentando alcançar aqueles que dormem no egoismo, para que saibam que viver é amar, viver é ser, viver é querer, viver é se doar, dividir, compartilhar. Como M de Maria, eu sou a fantasia do homem que busca a Mulher pura e perfeita para mãe de seus filhos, para dormir em seu colo e o amparar nas lutas para se realizar no Mundo. No M de maldade reside o lado cruel da mulher que se vinga da vida quando o amor se vai, a beleza acaba, a esperança se auto destrói, e de tudo que construiu e por tudo que lutou somente lhe resta solidão e saudades dos dias de festas, da horas de alegria, dos anos de sonhos em futuros que não se realizaram</em>."<br />
<br />
Penso comigo: - <em><span style="color: #38761d;"><strong>Ah! quanta bobagem esta mulher quer falar. Filosofias vazias, sonhos sem objetivos, preciso me decidir se quero escrever tudo que ela quer me contar.</strong></span></em><br />
<strong><em><span style="color: #38761d;"></span></em></strong><br />
<strong><em><span style="color: #38761d;">O que você faria? escreveria sobre alguém assim criada na sombra?</span></em></strong><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0Brasil-14.235004 -51.92528-40.023103500000005 -92.3549675 11.553095500000001 -11.4955925tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-69976394242207625672011-02-26T14:23:00.000-08:002011-02-26T14:23:56.564-08:00Devaneio - Primeira ParteD E V A N E I O <br />
Parte1 <br />
<br />
<br />
Sou o SONHO que passou <br />
por aqui buscando o AMOR,<br />
e partiu levando a saudade <br />
do que não foi verdade. <br />
<br />
VOCÊ, o ideal inatingível <br />
que se perde, que se agarra <br />
nas noites vazias, frias, <br />
quando não se pode dormir ... <br />
<br />
SOU a lâmpada resplandecente <br />
retendo sua luz e calor, <br />
que se conserva na opacidade <br />
pois já existe muita claridade.<br />
<br />
VOCÊ, necessidade feita de miragem, <br />
é um monumento feito de cristal <br />
que se num descuido, se trinca, <br />
tenha como certo, não concerta mais. <br />
<br />
SOU aquela chuva miúda<br />
que molha os campos úmidos <br />
perdendo tempo, construindo <br />
sobre o que está feito. <br />
<br />
VOCÊ é a palmeira ereta e firme, <br />
que nos campos se ergue altaneira <br />
oferecendo sombra e guarida <br />
aos que cansados, fogem da vida ... <br />
<br />
SOU o rio, que caminha tranqüilo <br />
carregando detritos, sempre em frente,<br />
pois que da vida teve o ensinamento <br />
que se dever permanecer no próprio leito. <br />
<br />
VOCÊ é a pedra angular rude e fria <br />
que impassível e silenciosamente, <br />
sustenta este edifício decadente, <br />
onde habitam as emoção humana. <br />
<br />
ailecaniger - reginacélia - <br />
Direitos Autorais Reservados<br />
Escrita em 1979 - do livro "Sublimação"Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-44232909111323247092011-02-26T14:21:00.000-08:002011-02-26T14:21:20.176-08:00Proposta - Prosa Poética - texto para telemensagemPROPOSTA <br />
<br />
<br />
prosa poética, tipo modinha popular <br />
<br />
<br />
Falei-te dos meus sonhos, da minha fantasia, <br />
dos pesadelos, dos sonhos e da minha dor. <br />
Sorriste e me embalaste com este seu calor <br />
repleto sempre de muito carinho e alegria. <br />
<br />
<br />
Rimos juntos das verdades e das mentiras <br />
que contamos em noites idas e horas vividas <br />
neste virtual meio de comunicação. <br />
<br />
Mas hoje, com fervor te ofereço meu coração. <br />
Queres de amigo verdadeiro, ser meu novo amor? <br />
Ofereço-te de mim, apenas a lealdade, <br />
não te prometo paixão, pois carrego ainda esta dor <br />
e de ti só peço, compreensão e sinceridade <br />
próprias eu sei, de teu grande coração. <br />
<br />
<br />
Não te ofertarei agora, muitos versos ou poemas <br />
pois, como te disse e repito agora, <br />
mágoas ainda arrefecem minha emoção <br />
de teimosa poeta, que busca sempre a ilusão <br />
de ser amada com muita, muita paixão. <br />
<br />
<br />
"Amigo, amigo, verdade.. Amigo é quase paixão.<br />
De amigo pra namorado, basta um empurrão." <br />
Queres ser meu namorado? Dê-me um sim <br />
ou dê-me um não. Se não receber um sim agora,<br />
partirei, para sempre irei embora, <br />
pois na amizade basta um passo em falso <br />
para na sadia convivência colocar fim. <br />
<br />
<br />
Beijo-te agora, num beijo terno <br />
e te digo até mais, até mais ver <br />
se voltares, que voltes para um bem querer <br />
com muito amor e ternura <br />
para dar e receber. <br />
Se não for assim, siga teu caminho, <br />
eu não quero ser um espinho <br />
a destruir tua alegria, <br />
ou o teu bom viver. <br />
<br />
Autora: Regina Célia <br />
<br />
escrita em 02/12/2000 <br />
<br />
Direitos autorais reservados<br />
Texto para Telemensagem<br />
http://www.telemensagem.online.nom.brUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-18452331736898857692011-02-26T14:17:00.001-08:002011-02-26T14:19:08.228-08:00Declaração - prosa poética texto para telemensagemDECLARAÇÃO<br />
<br />
<br />
NÃO SEI O QUE VOCÊ VAI PENSAR, NEM TÃO POUCO O QUE VAI DIZER.<br />
<br />
MAS SEI QUE PRECISO MUITO LHE CONTAR: <br />
<br />
"estou amando você!"<br />
<br />
Foi assim, de repente, como que de repente, o amor se fez presente. Meus pensamentos começaram a voar por lugares nos quais não se consente.<br />
<br />
Meus pensamentos, teimosos, nervosos, começaram a toda hora procurar você: na música que toca no rádio; na buzina do carro que passa; na flor à beira do caminho; na água que canta no rio; na onda que bate nas pedras; no vento que passa e assovia parecendo rir ou sorrir, não sei.<br />
<br />
Só sei que lhe vejo de olhos abertos, mesmo sabendo que distante está; Encontro você no meu sono, parecendo voragem, fantasma, não sei.<br />
<br />
Ouço sua voz no silêncio do meu quarto; no murmúrio das sombras; no tumultuo do trânsito da rua; no cantar dos pássaros nas manhãs.<br />
<br />
<br />
<br />
Será tudo isto amor? Paixão? Alucinação?<br />
<br />
Diga pra mim o que faço, corro e me jogo em seus braços? Ou fujo e me escondo do mundo? <br />
<br />
Por favor, me diga o que faço com tanto amor.<br />
<br />
Ou, apenas me diga: EU TAMBÉM LHE QUERO.<br />
<br />
E ASSIM, SEREI FELIZ!<br />
<br />
<br />
<br />
Beijos!!!<br />
<br />
<br />
<br />
Autora: ReginaCélia<br />
texto para Telemensagem<br />
http://www.telemensagem.online.nom.brUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-65618733891505896092011-02-26T14:13:00.001-08:002012-01-25T09:13:41.257-08:00Carta de Amor no. 3Cartas de Amor pra você n. 3 <br />
<br />
<br />
<br />
E os mesmos ventos que o arrastaram pelos caminhos os quais não eram os meus, em busca de um mundo que você acreditava ser a sua realidade, o trouxeram de volta no início de um outro inverno, 3 anos depois. <br />
<br />
E assim, quando meu coração já se aquietava, não no esquecimento, mas sim, na resignação, você se achegou de novo, acenando-me com a possibilidade de retornar ao círculo de luz do passado, o qual havia me revitalizado. <br />
<br />
Meu coração encheu-se, então, de grande alegria, e minha alma entoou hinos ao amor. Banhei-me em bálsamos de sonhos e vesti as minhas vestes de gala; no coração preparei um banquete, sentando-me à porta da ilusão, tendo amarradas, na barra de meu vestido, pétalas de rosas perfumadas para lhe oferecer; estando assim preparada, estendi as mãos para o receber. <br />
<br />
Em meu recanto, tudo se preparou para a festa. A Poetisa, eterna menina, minha amiga, companheira, serva e camareira, vestiu sua melhor roupa de domingo e foi a primeira a sentar-se a um canto junto à mesa e começar a rabiscar suas rimas e frases, agora em ritmo alegre, deixando pra trás o choro e o lamento dos poetas. <br />
<br />
Quatro Anjos desceram dos céus, formando 2 pares, colocando-se cada qual em um canto da sala, e dedilharam suas harpas, elevando aos céus canções que convidavam a todos para comungar naquele momento de gala. <br />
<br />
Abri as portas da gaiola, onde trazia preso, há tempos, um pássaro cantante, o qual eu batizara de "Carente", para que voasse em busca de seu par e também pudesse ser feliz. Mas o pássaro, amigo companheiro, sobrevoou o jardim por algum tempo, retornando à janela, onde se pôs a entoar as mais belas trinas que aprendera, somente para comunicar "eu também quero fazer parte da festa." <br />
<br />
As flores no jardim, até então recolhidas no inverno, se ergueram em seus caules, abrindo-se sem medo; coloriram com matizes diversos todos os canteiros, e pareciam vestidas de pérolas reluzentes banhadas pela luz do sol. <br />
<br />
Sentamo-nos, todos à mesa, reservando a cadeira principal pra você. E quem era 'todos nós'? Eu, Clarissa, a amante; acompanhada da Eterna amiga Poetisa; meu amigo mais antigo, o Sonho; a companheira inseparável da Poetisa chamada Fantasia; o pássaro cantante, "Carente", que veio da janela pousar na quina da mesa; e, os quatro anjos mensageiros denominados Amor, Esperança, Prazer e Vida; e assim, postados, ficamos à espera que você se sentasse para juntos darmos início ao banquete. <br />
<br />
Mas você permaneceu de pé, olhando tudo, quase sem surpresa, como se tudo aquilo fosse esperado, ou, nada mais fosse que um direito seu. <br />
<br />
Continuamos todos sentados, aguardando suas palavras, suas decisões, para tão solene momento. <br />
<br />
Por fim, você se pronunciou, falou de projetos, planos implantados em outros pólos, como se nós, ali não existíssemos, e só existisse aquilo que era importante pra você e as pessoas às quais considerava ser a sua realidade; o seu motivo de viver. <br />
<br />
Mas, eu, Clarissa, ouvia sua voz como se fosse música me arrastando, ora para um mundo de ilusão, ora para uma realidade. Negando-me, assim, a ouvir verdades, ou dando outros significados às palavras de forma a alimentar os meus sentimentos de amor. <br />
<br />
Entretanto, pouco importava o que era dito, o importante era o êxtase a que me conduzia, o simplesmente, ouvir sua voz. <br />
<br />
E horas, dias se passaram, e todos que vivem em meu recanto, os quatro anjos (Amor, Esperança, Prazer e Vida), a Fantasia (da Poetisa), o pássaro cantante, e o meu Sonho permaneceram sentados, pacientemente, esperando o momento certo de agir e colocar a sua própria voz. <br />
<br />
Dias passaram, e você, meu querido, fazia de conta que não percebia que todos estes amigos inseparáveis do Amor, estavam à espera de uma palavra sua, de ordem, para descobrirem os pratos, tão cuidadosamente preparados, para lhe oferecer. Todos continuaram esperando, e a cada gesto seu, todos se colocavam em estado de atenção, para não perder o momento exato em que deveriam começar a agir. <br />
<br />
Dias passaram... e tudo continuava no mesmo lugar e da mesma forma... você, desconhecendo nossos objetivos e vivendo em seu próprio mundo e seus próprios motivos; então, o Anjo Prazer sentiu-se com grande apatia, deu boa noite e partiu. Logo após, o Anjo Esperança, também, cansado de tanta espera inútil, se despediu e se recolheu; sobraram apenas o Amor e a Vida que, assistidos pelo Sonho, continuaram aguardando; e finalmente, começaram a discutir entre si, se valia ou não a pena continuar... já que a Esperança tinha se recolhido e o Prazer tinha ido embora. <br />
<br />
O pássaro cantante "Carente", vendo tanta discórdia, entre Amor e desejos de Vida, recolheu-se à sua gaiola e parou simplesmente de cantar. Nem tentou fugir... percebeu em sua sabedoria, que não adianta correr atrás do Amor... quando o Amor não quer receber. <br />
<br />
A Fantasia, amiga da Poetisa, tomada de grande ansiedade, desequilibrou-se emocionalmente e afogou-se no pequeno lago da fonte, que eu, Clarissa, mandei há tempos construir no centro do jardim. A Poetisa chorou muito a perda da amiga e portanto, sem Fantasia, não conseguiu mais rimar. Não conseguindo mais rimar, a Poetisa passou a escrever em prosa, onde se torna mais fácil descrever sentimentos tão contraditórios, quanto os de Esperança & Desesperança, Amor & Revolta, Amor & Ciúme, Crença & Desengano, Alegria & Tristeza. <br />
<br />
Finalmente, todos partiram, sem desejar mais luta, mas eu, Clarissa, continuarei aqui, esperando por você... pois, se todos se foram... o Amor permaneceu a postos, teimoso e irreverente, acreditando que um dia conseguirá acordar a Fantasia de sua pseudo-morte, e que poderá transformar o Sonho que não se foi por ser fiel companheiro, numa realidade tão verdadeira que ultrapassará os limites da vida. <br />
<br />
Amo você. <br />
<br />
Meu recanto, numa terceira noite de primavera do ano de 2003. <br />
<br />
FIM DA CARTA N. 3 <br />
<br />
<br />
Autora: ReginaCelia (direitos autorais reservados)<br />
<br />
vistem meus sites<br />
<a href="http://www.telemensagemfonada.com.br">telemensagemfonada</a><br />
<a href="http://www.telemensagem.online.nom.br">telemensagem.online</a><br />
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<br />
<br />
<br />
E numa data qualquer, de tarde fria e de ventos fortes, o que era sonho, tornou-se realidade, pisou sobre a areia escorregadia da praia de minhas fantasias. <br />
<br />
Vi você como um ser tocável pelas minhas mãos e meus olhos semi-cegos vislumbraram seu vulto, de pé, diante de mim, como homem real, cheio de ânsias e desejos de amor. Seus olhos brilhantes se assemelhavam aos de uma criança que encontra uma borboleta que se escondia no jardim. <br />
<br />
Abri meus braços num gesto repleto de ternura e aceitação; embalei-o nos meus desejos e lhe fiz um deus, que tudo pode, tudo realiza, tudo domina. <br />
<br />
Você veio surgindo da luz resplandecente de minhas fantasias, para se tornar ser visível e real, mostrando-se ora como homem forte, ora um menino carente e amedrontado, ora um deus dominador, egoísta e arrogante; e assim da mesma forma que veio se foi, desaparecendo pelos caminhos, apagando os seus próprios rastros e de repente percebi que tinha perdido seu vulto na escuridão. E então, tudo que era belo como um sonho iluminado, tornou-se um pesadelo, na madrugada fria ao romper de um novo dia. <br />
<br />
Você foi embora. Ficou apenas a lembrança de uma luz que brilhou nos céus de minha vida e passou tão rápida quanto uma estrela cadente e, portanto, esta rapidez inusitada nos leva a duvidar da realidade e nos perguntar se foi verdade ou mentira o que vimos, o que sentimos durante o transe emocional. <br />
<br />
Você foi embora. Ficaram a saudade e o desejo latente de sonhar mais, embalando minhas noites, cantando nos meus dias, até que chegou a hora do retorno. <br />
<br />
Amo você. <br />
<br />
Meu recanto, numa segunda noite de primavera do ano de 2003. <br />
<br />
<br />
<br />
FIM DA CARTA N. 2 <br />
<br />
Autora: ReginaCelia (direitos autorais reservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-62767176645758814652011-02-26T14:11:00.003-08:002012-01-25T09:12:55.253-08:00Carta de Amor no. 1Carta de Amor n. 1<br />
<br />
<br />
Hoje, resolvi perder algumas horas da minha noite para lhe falar do meu amor. Aproveito estas horas assim cheias de nada, quando olho para todos os lados e nada vejo a não ser sombras a se delinearem nas paredes brancas, e um surdo silêncio que invade a casa. Em meio a este silêncio, eu recordo você, e meu coração sente uma vontade tamanha de gritar bem alto todo o amor que senti, que sinto e que talvez continue a sentir até que o resto das forças deste meu corpo sejam destruídas pelo tempo. <br />
<br />
Você surgiu na minha vida, num momento especial, quando eu renascia de algumas tormentas que abalaram a minha existência. E surgiu assim, de repente, sem se anunciar e me deixou vislumbrar uma possibilidade de novamente ver a luz. <br />
<br />
Você foi como um farol no cais, sinalizando-me para um porto seguro na terra dos meus sonhos, fazendo-me acreditar que a felicidade existe e que o amor é possível, mesmo quando chega assim, no entardecer de nossa existência. <br />
<br />
Você era a terra, forrada de areia onde pisei firme, escorreguei para me auto-conhecer e a cada queda me levantava com mais força e vontade de viver. Viver para você, viver para uma fantasia que apontava para realização de um grande e verdadeiro amor. <br />
<br />
Você era um sonho, que eu quis acreditar realidade. Você era um mastro no qual eu me agarrava para me sentir segura. Você era a água que lavava meu corpo, remodelando-o, enchendo-o das ânsias e de todos os desejos da juventude. <br />
<br />
Você era o alimento que matava a minha fome de carinho, de juntidade, de entrega, de plenitude no outro. <br />
<br />
E, assim, você chegando, de repente, como um farol em meu caminho, e eu olhando para esta luz que vinha de você e que a fantasia transformava, através de você, na minha realidade sonhada, me tornei forte, venci a minha fraqueza e construí na minha mente um mundo só nosso, repleto de cantigas dolentes, cantantes de ternura, repletas de sonhos, e que entoavam hinos de amor e realização. <br />
<br />
Seguindo, na sinalização de sua luz entrei no círculo da resplandecência, deixando-me envolver pelo êxtase do amor. <br />
<br />
E nas minhas noites solitárias, depois de tagarelar com você, falar de tudo e falar de nada, eu o via, caminhando de braços estendidos, me acolhendo e dominando meu corpo, para que realizássemos nossos desejos, numa entrega total, sem reservas, sem pudores, sem medos e então alçávamos juntos ao paraíso, onde tudo é beleza, e o caminhar é leve no sincronizar de passos que imitam a dança, que vão e voltam, se entregam, se rejeitam para retornar em nova entrega até atingir o delírio quando se saboreia, num último beijo, os dulcíssimos frutos celestiais. <br />
<br />
Então, amor, naqueles dias, ou noites, eu fui feliz. Entreguei-me a você sem questionar o amanhã e sem investigar o ontem. Fui feliz porque a felicidade é entregar sem questionar. A felicidade é receber com a mesma alegria e ingenuidade da criança que em tudo crê e exulta ante os presentes mais singelos. E você era o meu presente. O presente que a vida me oferecia, como momentos para tão-somente, ser feliz. <br />
<br />
Ser feliz é pedir pouco, e do pouco que se recebe fazer uma festa. <br />
<br />
E eu fiz de você uma festa dentro de mim. <br />
<br />
Amo você. <br />
<br />
Meu recanto, numa noite de primavera do ano de 2003. <br />
<br />
Autora: ReginaCelia (direitos autorais reservados) <br />
<br />
FIM DA CARTA N. 1<br />
<br />
vistem meus sites<br />
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<br />
<br />
Hoje, resolvi perder algumas horas da minha noite para lhe falar do meu amor. Aproveito estas horas assim cheias de nada, quando olho para todos os lados e nada vejo a não ser sombras a se delinearem nas paredes brancas, e um surdo silêncio que invade a casa. Em meio a este silêncio, eu recordo você, e meu coração sente uma vontade tamanha de gritar bem alto todo o amor que senti, que sinto e que talvez continue a sentir até que o resto das forças deste meu corpo sejam destruídas pelo tempo. <br />
<br />
Você surgiu na minha vida, num momento especial, quando eu renascia de algumas tormentas que abalaram a minha existência. E surgiu assim, de repente, sem se anunciar e me deixou vislumbrar uma possibilidade de novamente ver a luz. <br />
<br />
Você foi como um farol no cais, sinalizando-me para um porto seguro na terra dos meus sonhos, fazendo-me acreditar que a felicidade existe e que o amor é possível, mesmo quando chega assim, no entardecer de nossa existência. <br />
<br />
Você era a terra, forrada de areia onde pisei firme, escorreguei para me auto-conhecer e a cada queda me levantava com mais força e vontade de viver. Viver para você, viver para uma fantasia que apontava para realização de um grande e verdadeiro amor. <br />
<br />
Você era um sonho, que eu quis acreditar realidade. Você era um mastro no qual eu me agarrava para me sentir segura. Você era a água que lavava meu corpo, remodelando-o, enchendo-o das ânsias e de todos os desejos da juventude. <br />
<br />
Você era o alimento que matava a minha fome de carinho, de juntidade, de entrega, de plenitude no outro. <br />
<br />
E, assim, você chegando, de repente, como um farol em meu caminho, e eu olhando para esta luz que vinha de você e que a fantasia transformava, através de você, na minha realidade sonhada, me tornei forte, venci a minha fraqueza e construí na minha mente um mundo só nosso, repleto de cantigas dolentes, cantantes de ternura, repletas de sonhos, e que entoavam hinos de amor e realização. <br />
<br />
Seguindo, na sinalização de sua luz entrei no círculo da resplandecência, deixando-me envolver pelo êxtase do amor. <br />
<br />
E nas minhas noites solitárias, depois de tagarelar com você, falar de tudo e falar de nada, eu o via, caminhando de braços estendidos, me acolhendo e dominando meu corpo, para que realizássemos nossos desejos, numa entrega total, sem reservas, sem pudores, sem medos e então alçávamos juntos ao paraíso, onde tudo é beleza, e o caminhar é leve no sincronizar de passos que imitam a dança, que vão e voltam, se entregam, se rejeitam para retornar em nova entrega até atingir o delírio quando se saboreia, num último beijo, os dulcíssimos frutos celestiais. <br />
<br />
Então, amor, naqueles dias, ou noites, eu fui feliz. Entreguei-me a você sem questionar o amanhã e sem investigar o ontem. Fui feliz porque a felicidade é entregar sem questionar. A felicidade é receber com a mesma alegria e ingenuidade da criança que em tudo crê e exulta ante os presentes mais singelos. E você era o meu presente. O presente que a vida me oferecia, como momentos para tão-somente, ser feliz. <br />
<br />
Ser feliz é pedir pouco, e do pouco que se recebe fazer uma festa. <br />
<br />
E eu fiz de você uma festa dentro de mim. <br />
<br />
Amo você. <br />
<br />
Meu recanto, numa noite de primavera do ano de 2003. <br />
<br />
Autora: ReginaCelia (direitos autorais reservados) <br />
<br />
FIM DA CARTA N. 1Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-46083707655321700712011-02-26T14:08:00.000-08:002011-02-26T14:08:47.700-08:00Além da Telinha - Prosa PoéticaAmor além da telinha<br />
<br />
Prosa poética<br />
<br />
<br />
Hoje acordei leve...<br />
o coração batendo lentamente.<br />
Levantei-me e abri a janela...<br />
Dia lindo!...<br />
O sol espalhava luz por todos os lados...<br />
parecia cantar... como em dias de festa.<br />
<br />
<br />
Vesti-me... abri todas as portas<br />
como querendo abraçar a luz<br />
querendo abraçar a vida<br />
que lá fora se espargia.<br />
<br />
<br />
Senti uma vontade muito grande<br />
de falar de amor....<br />
mas apesar de tanta luz e claridade<br />
lá fora...<br />
aqui dentro o silencio se fazia!<br />
<br />
Olhei para os lados...<br />
uma casa pequena... desarrumada..<br />
um computador sobre a mesa...<br />
e papéis... muitos papéis espalhados,<br />
numa desarrumação total.<br />
<br />
<br />
Mas eu queria falar de amor...<br />
de uma amor desencontrado,<br />
de um amor jogado no ar... no mundo...<br />
no fundo... de corações distantes<br />
de corações hesitantes<br />
que se colocam na telinha<br />
em berlinda...buscando o quê?<br />
Talvez!... talvez!... quiçá!...<br />
quem sabe?!!...<br />
Um pouquinho aqui... um pouquinho ali<br />
no mundo virtual...<br />
aquele afeto que falta no real. <br />
<br />
Fiquei pensativa!!!<br />
pensando neste meu querer falar de amor<br />
a paredes mudas e frias...<br />
a espaços vazios...<br />
enquanto lá fora o "deus sol" esparge<br />
tanta luz... tanto calor...<br />
aqui dentro o coração esfria...<br />
o silêncio abafa... as palavras não ditas,<br />
as frases não ouvidas<br />
em noites longas... de busca...<br />
a eterna busca...do eterno amor.<br />
<br />
Pense nisto!<br />
E quando ligar a sua telinha...<br />
de noite... à noitinha...<br />
na madrugadinha de sua vida...<br />
não enfrente esta telinha como uma coisa...<br />
Pense!!!...Pense!!!!... Pense!!!<br />
que lá do outro lado...<br />
em lugar distante...<br />
um ser de rosto desconhecido...<br />
coração sofrido... muitas vezes ansioso...<br />
é um ser que busca de você...de mim...<br />
uma palavra amiga... um gesto de afeto...<br />
um elogio... talvez....<br />
um beijo de fantasia..<br />
mas que muitas vezes parece<br />
queimar seus lábios como se real fosse...<br />
<br />
<br />
Este alguém... do outro lado da telinha<br />
busca suas mãos e as sente, quantas vezes,<br />
percorrer seu corpo , que em fogo se acende,<br />
muito mais, como se realidade fosse!<br />
<br />
<br />
Finalizando:<br />
<br />
NUNCA OLHE PARA ESTA TELINHA<br />
COMO SE COISA MORTA FOSSE....<br />
NUNCA FALE PARA ESTA TELINHA<br />
COMO SE ELA OUVIDOS NÃO TIVESSE...<br />
<br />
... ame esta telinha.... ame os outros<br />
que do outro lado estão... esperando...<br />
aquele gesto... aquele ponto e vírgula...<br />
aquele oi......<br />
aquele beijo... aquele abraço<br />
e que também esperam o seu riso,<br />
o seu suspiro... a sua lágrima,<br />
a sua confidência... o seu pedido.<br />
um seu bom dia...<br />
ou um toque de boa noite!!! <br />
<br />
Esta telinha é fria,<br />
mas, do outro lado com certeza...<br />
muitos corações palpitam...<br />
<br />
Agora...<br />
que lhe falei dos meus sonhos...<br />
das minhas fantasias....<br />
dos meus anseios... dos meus desejos,<br />
da minha ansiedade... da minha lacuna,<br />
quero outra vez olhar lá fora...<br />
e abraçar o sol...<br />
como se o sol fosse<br />
você me dando aquele abraço,<br />
que em longas noites,<br />
em longos dias...<br />
estou esperando!<br />
<br />
<br />
Ailecaniger - regina célia<br />
<br />
escrita em 06/06/2000.<br />
<br />
Direitos Autorais ReservadoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-12526528532404104762011-02-26T11:18:00.000-08:002012-01-25T09:14:08.291-08:00Pra Você - PoesiaPRA VOCÊ<br />
<br />
Sou feliz! Hoje, fomos ao paraíso<br />
Encontramos a nossa fantasia<br />
o melhor de nossos sonhos!<br />
Quero que a vida nos presenteie<br />
com suas venturas, seus prazeres.<br />
<br />
Quero ser sempre sua e sempre<br />
abraçá-lo, aconchegá-lo a mim...<br />
fazê-lo sorrir... fazê-lo amar..<br />
como nunca, por certo nunca sentiu...<br />
<br />
Agora em meus braços virtuais<br />
quero lhe fazer muito feliz.<br />
Amor de minha vida... amor dos meus sonhos<br />
guarda meus enlevos... aconchega no peito<br />
vamos sonhar... vamos amar... vamos sentir.<br />
<br />
Quero que outras vezes me deseje<br />
quero que outras vezes me queira<br />
e muitas vezes mais. . e mais a cada dia...<br />
um novo sonho... uma nova fantasia.<br />
<br />
ailecaniger - regina célia - escrita em 25/06/2000vistem meus sites<br />
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<br />
Direitos Autorais ReservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-67051291678174874812011-02-26T11:15:00.000-08:002011-02-26T11:15:44.133-08:00Guereiro - PoesiaGuerreiro <br />
<br />
Todo Guerreiro já foi amado, <br />
com a força e o furor de uma ou muitas mulheres! <br />
Todo Guerreiro já foi odiado <br />
com toda a capacidade de uma ou muitas mulheres! <br />
Todo Guerreiro marca com seus laços, <br />
os braços <br />
que um dia o abraçou! <br />
<br />
Todo Guerreiro é um homem, <br />
nada mais que um homem, <br />
nem deus, nem anjo <br />
nem tão pouco demônio! <br />
<br />
Um Guerreiro é um Homem <br />
que como todo homem <br />
foi muito amado: <br />
<br />
Primeiro pela mãe que o recebeu nos braços, <br />
enlaçou, sorriu feliz e esqueceu do parto a dor; <br />
<br />
Segundo pela primeira e terna namorada <br />
que o recebeu no ventre virgem, <br />
o enlaçou, abraçou e esqueceu do desvirginamento a dor; <br />
<br />
Depois foi amado pela mulher que escolheu <br />
para companheira e mãe dos seus filhos, <br />
Que o teve, amou e reproduziu dele as réplicas do amor; <br />
<br />
Por ultimo, foi amado <br />
Pela mulher que nada mais lhe pediu <br />
além de amor pelo amor, <br />
entregou, enlaçou num abraço <br />
e o perdeu para o mundo, <br />
mas esta última, nunca <br />
superará a dor. <br />
<br />
Guerreiro é o que vem e passa. <br />
Guerreiro é o que passa e nunca mais vem. <br />
Afinal, Guerreiro é o amado <br />
de muitas mulheres <br />
e talvez não saiba o valor <br />
que tem. <br />
<br />
<br />
Dedicatória de ReginaCélia - Toda mulher tem pelo menos um guerreiro na vida: Guerreiro Pai, Guerreiro Filho, Guerreiro Irmão, Guerreiro Marido, Guerreiro Amante. <br />
<br />
Dedico esta poesia a um Guerreiro Especial, que passou pela minha noite, iluminou com raios de luz e ternura e partiu deixando rastros de saudades. Lembro aqui que Guerreiro é uma Fantasia. <br />
<br />
<br />
Autora: REGINACELIA <br />
Direitos Autorais Reservados <br />
escrita em 26/07/2002 - como réplica a uma poesia recebida da Ilha da FantasiaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-33102159035632344122011-02-26T11:12:00.001-08:002012-01-25T13:40:14.851-08:00Meu Recanto - Campo Limpo Paulista - 1999Meu Recanto <br />
<br />
<br />
Cheguei aqui não faz muito tempo e já estou apaixonada por você. <br />
Meu Recanto lindo, cheio de luz, repleto de calor. <br />
<br />
Acordo de manhã com o sol entrando em minha janela – iluminando o meu mundo, tão pequeno, porém aconchegante. <br />
<br />
Quando vim ao Meu Recanto pela primeira vez, comprar uma casa, eu queria uma casa grande com janelas largas,.... portas largas,.... espaços grandes,.... para garantir-me de bastante ventilação e claridade. Queria uma chácara com muito verde, um jardim e um pomar. Mas comprei uma casa pequena, com portas e janelas acanhadas – fiquei meio insatisfeita! Um pouco triste, decepcionada. <br />
<br />
Mas hoje, vejo que no Meu Recanto, não precisamos de casa grande e nem de janelas largas, o sol entra por todos os lados, pelas pequenas frestas e o verde está em toda parte. O sol ilumina os campos e tudo parece festa. Com poucos moradores na vizinhança têm-se a sensação de paz e serenidade. As pessoas se cumprimentam. Conhecem-se pelo nome. Não somos um número como nas grandes cidades. Somos pessoas. Temos fisionomia, personalidade. Temos amigos, vizinhos, companheiros, conhecidos, colegas e até irmãos de fé. O meu recanto é ainda, apesar dos tempos modernos, habitado por gente. Os robôs da civilização ficam ainda distantes – em outros locais. <br />
<br />
Estou apaixonada por você, Meu Recanto – amo o seu verde espalhado nas suas reservas naturais. Amo o seu sol que nasce luminoso logo de manhã e brilha até o entardecer num céu azul. Um azul, que de tão azul, nos fere os olhos, nos queima a pele, e isto há anos eu não via, ou melhor, desde que parti da minha Minas Gerais. <br />
<br />
Amo as suas biquinhas de águas límpidas e transparentes – com sua insipidez – e sua pureza sem igual. Amo esse seu sobe e desce de colinas e morros, a aspereza do teu solo, a desorganização das muitas casas em construção, que se erguem, umas brancas, outra amarelas, muitas ainda sem reboco, com tijolo à vista, sem pintura. ‘São as marcas do pobre, construindo seu ninho, construindo o futuro'. <br />
<br />
Amo este povo tão simples! – tão meigo! – tão receptivo!... – que aceita sempre com olhar benevolente o novo morador que vem para perto de sua porta. <br />
<br />
Sinto-me aqui, jovem de novo, como menina ainda, cheia de esperanças, respirando um ar sem monóxido de carbono, tomando água sem cloro, vendo um sol de verdade, sem a cortina de fumaça da poluição das cidades grandes. <br />
<br />
<br />
Ah! Meu Recanto, você me lembra a terra onde nasci, cheia de morros, sol escaldante, riachos, colinas, verde, muito verde, flores, muitas flores, campos que se estendem até onde nosso olhar não mais alcança, uma igrejinha para os fiéis, cercada de ciprestes e uma cancela branca, onde crianças correm daqui pra li, jogando bola, gritando asneiras, cachorro latindo, galo cantando nas madrugadas, cavalo a tropel, charretes, carroças, chácaras, sítio, casas, tudo misturado como uma coisa só, ricos e pobres vivendo pacificamente, sem constrangimento, sem preconceitos, sem medos. <br />
<br />
Cheguei aqui há tão pouco tempo, e já entreguei meu coração! Gostaria de fazer-lhe mil versos – muitos versos, todos os dias – a cada amanhecer – a cada anoitecer e mandar compô-los em músicas sinfônicas que cantassem a sua beleza para sempre – para que as gerações futuras venham a saber, que vivi num lugar como este – que por certo não será o mesmo daqui a alguns anos – pois com certeza, também aqui, chegará a civilização com todos os seus benefícios e seus malefícios, tais como: – cultura, facilidades do comércio, mas também, poluição, criminalidade, falsidade, angústia e desespero, medos, fantasias, ilusões e também sonhos. <br />
<br />
Mas por enquanto, Meu Recanto, você ainda é uma criança – repleto de ingenuidade, escondido entre as matas – cheio de esperanças, de alegrias e de sonhos de um novo alvorecer. <br />
<br />
Aqui estou e aqui ficarei – aqui viverei, reconstruirei o meu passado e reorganizarei o meu futuro e aqui quero morrer, olhando o pôr do sol e respirando o seu ar puro e morrer com alegria por aqui ter vivido, mesmo que seja por uns poucos anos que me restam! Ou quem sabe, muitos anos que me restam! <br />
<br />
Quero ter amigos, plantar as sementes dos meus sonhos, colher os frutos do meu trabalho, distribuir a esperança do meu coração, entregar a fé de minha alma. <br />
<br />
escrito em dezembro 1999 - quando me mudei para Campo Limpo Paulista - SP <br />
<br />
Autora: ReginaCelia (direitos autorais reservados)<br />
<br />
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Há 50 anos, existia no sul das Minas Gerais, uma pequena cidade, com mais ou menos 5.000 habitantes, onde moravam, como em todo lugar, a riqueza, a pobreza, a avareza e a bondade, mas o que encantava, é que ali moravam também a alegria e a ingenuidade das crianças, pois podiam correr, brincar e se expressar com liberdade; não viviam trancadas entre paredes. E, na falta do mundo eletrônico, criavam elas mesmas os seus brinquedos. <br />
<br />
Entre os habitantes naturais do lugar, moravam ali um preto velho, cego, de nome Domingos, e uma menina de nome Ritinha, que embora sendo uma menina pobre, se imaginava princesa e pretendia chegar ao posto de rainha. <br />
<br />
O cego, todos os dias, sentava-se num banco da praça e esperava pacientemente a menina, que vinha saltitante trazer-lhe um copo de café, pão ou alguma iguaria feita em casa. <br />
<br />
O cego percebia logo a chegada da menina, pelos sons de seus passos e seu riso cantante. Na mente do cego, tudo se iluminava e logo perguntava: - “como vai minha princesinha? Dormiu bem? Estudou muito?.” <br />
<br />
Ritinha sempre no mundo da lua, respondia displicentemente: - Sim, dormi bem e sonhei com nosso castelo – você sabe num é? Você sabe tudo sobre nosso castelo, num sabe? E você, como passou a noite? <br />
<br />
O cego se lamuriava, dizendo que sentiu frio à noite – pois sua casa era muito úmida, e suas cobertas muito poucas, e muitas vezes sentia fome, mas não tinha nada em casa para comer. <br />
<br />
Mas Ritinha logo retrucava – “não se preocupe meu velho, quando eu crescer, me tornarei rainha, terei um castelo enorme, com muitos quartos, e você terá um quarto com muito conforto só pra você.” <br />
<br />
E Domingos respondia, abanando a cabeça e fazendo – hum... hum... que beleza! Que beleza! Tudo que você me diz é música para meus ouvidos e à noite me faz adormecer na esperança de um outro dia melhor. <br />
<br />
Ritinha, sem mais demora, e sem esperar convite, sentava-se perto do cego, balançando as pernas, pois seus pés ainda não alcançavam o chão, e punha-se, então, a tagarelar sem parar, e Domingos escutava embevecido. <br />
<br />
“Meu amigo, hoje, sou uma menina pobre, você sabe, mas vou estudar, trabalhar, e serei muito rica. Vou construir um palácio com 400 cômodos, para onde levarei todos os pobres da cidade. No meu palácio existirão muitos jardins repletos de lindas flores colorindo todos os lugares por onde a gente andar.” <br />
<br />
“Terei muitos animais; cavalos, vacas, cachorros, galinhas, patos, marrecos, passarinhos, e quando o sol despontar – todos colocarão suas vozes no ar, como música para acordar os habitantes do meu lar.” <br />
<br />
“Não existirão cercas, nem muros, pois ninguém vai querer fugir deste lugar encantado que vou criar.” <br />
<br />
“A água de nossa casa nascerá de uma fonte limpa e fresca e no seu borbulhar emitirá sons de uma canção que todas as crianças vão aprender a cantar.” <br />
<br />
“As paredes serão erguidas com tijolos de argila que meus vassalos irão moldar, usando o carinho de suas mãos e o muito amor que terá sido plantado em seus corações.” <br />
<br />
“As janelas serão grandes, bem grandes, largas assim (e Ritinha abre os braços, como se o velho cego pudesse ver) e serão grandes assim, para que durante o dia os raios do sol entrem e se espalhem por todos os cantos e se reflitam nas paredes onde diamantes mandarei incrustar.” <br />
<br />
“À noite, velas serão acesas em candelabros enormes, enormes assim, que estarão nos cantos de cada cômodo, e não dependeremos de luz elétrica e nem de moinhos a rodar.” <br />
“Na hora das refeições, vou querer na mesa todos os meus amigos, inclusive os vassalos, para juntos dividirmos os alimentos que ali mesmo terão sido preparados por mãos de fadas, que na minha cozinha virão morar. Elas transformarão abóboras em doces divinos e o simples arroz e feijão será um prato que os deuses irão desejar.” <br />
<br />
“A nossa sala de jantar será enfeitada com rosas, orquídeas e margaridas, que espalharão perfume no ar – os vinhos serão trazidos pelos vassalos que terão amassado a uva e temperado com as varinhas de condão das fadas. Este tempero das fadas não deixará que o vinho nos embriague, e muito menos traga tentações e maus sentimentos aos nossos corações.” <br />
<br />
“Os quatro cantos da mesa estarão sempre reservados para os anjos que Deus mandará para serem nossos guardiões – o anjo Amor, o anjo Esperança, o Anjo Prazer e o Anjo Vida. O nosso amigo Sonho se sentará na cabeceira da mesa e, na outra ponta, a nossa amiga Fantasia ficará de prontidão. Pois sem sonho e fantasia nosso castelo seria um lugar muito triste, e pouco adiantaria todo o luxo que eu pudesse comprar; as paredes, com o tempo criariam bolor, e as sombras da noite se tornariam permanentes, impedindo a todos de esperar com alegria, o amanhecer de cada dia.” <br />
<br />
“Depois do jantar, nos daremos às mãos, e sob os sons das harpas dos anjos Amor, Esperança, Prazer e Vida, iremos dançar e cantar, brincar de roda, jogar amarelinha, abraçando nossos pares, aqueles que tivermos escolhido para amar.” <br />
<br />
“Você, meu amigo, esquecerá o frio, a fome, e eu me sentirei amada, muito amada, porque tudo que for meu, dividirei com aqueles que me seguirem.” <br />
<br />
Ritinha continuava sua sonhadora tagarelice e todo dia contava ao amigo uma nova versão de sua estória, de seu palácio, pois, à medida que crescia, ela conseguia se apropriar, mais e mais, de palavras, e mais conhecimentos, com os quais aumentava ou modificava suas narrativas. <br />
<br />
O velho preto, Domingos, era cego, e na sua escuridão, ficava imaginando com os olhos da alma, as cenas fantásticas criadas na imaginação daquela menina, que todos os dias vinha lhe trazer um pouco de luz, esperança e alegria, fazendo-o rir; e, naquelas poucas horas, ele se esforçava para acreditar que todos aqueles sonhos de Ritinha um dia poderiam ser verdades. <br />
<br />
E a menina Ritinha, um dia, foi embora em busca da realização de seus sonhos; o preto velho ficou sozinho, mas, todos os dias voltava à praça para esperar que Ritinha viesse lhe buscar. Ele não queria que quando ela voltasse, não o encontrasse na praça, e ele ficava então ali, sentado, lembrando do seu riso, dos seus gritos, e a cada rumor de criança seu coração se acelerava e um sorriso se estampava em seus lábios. <br />
<br />
Porém, a menina nunca voltou. A vida a levou para longe, muito longe. E, como ela havia prometido ao velho amigo, lutou muito contra preconceitos, dificuldades no caminho e trabalhou; debruçou-se sobre livros e o máximo que conseguiu foi ‘ser uma pessoa comum', entre tantas outras que saem de uma cidade pequena rumo às grandes cidades em busca da realização de sonhos. Mas, logo, todos percebem que as metrópoles são arenas, não sorriem para qualquer um que chega, e somente vence o mais forte, ou aquele que já traz na bagagem conhecimentos e algum respaldo financeiro, que lhe possibilitam alcançar metas e usufruir a vida moderna. <br />
<br />
Já se passaram 50 anos e a menina Ritinha – agora uma senhora –, nunca mais voltou à sua pequena cidade. <br />
<br />
O velho Domingos, hoje, por certo deve estar sentado na praça de uma cidade chamada Paraíso, ouvindo o canto dos anjos dos sonhos de Ritinha, caminhando pelos jardins floridos do palácio de Deus – e quem sabe, imaginando: “- Ela prometeu, num prometeu? Prometeu e cumpriu, mandou que seus vassalos fossem me buscar, devia estar muito ocupada para ir pessoalmente me acompanhar - mas o que importa é que cá estou eu, ouvindo esta música celestial, sentindo este perfume inebriante, bebendo da água cantante que os anjos me trazem e não sei mais o que é frio, fome ou tristeza.” <br />
<br />
”... Mas, sinto saudades da Ritinha, onde será que ela está?” <br />
<br />
ailecaniger - reginacelia <br />
<br />
ailecaniger <br />
<br />
Leia e comente comigo no meu livro de visitas. <br />
<br />
Veja o menu de estórias na lateral. <br />
<br />
Autora: Regina Celia (direitos autorais reservados) <br />
<br />
São Paulo, agosto de 2005<br />
<br />
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<br />
Não gosto de filosofar, portanto, gostaria que ao ler este texto, considerassem apenas como sendo uma crônica ou um pequeno conto revestidos de uma lição de vida. Não só vida humana, mas simplesmente vida. Algo assim para se pensar e aplicar no dia a dia.<br />
<br />
Estava eu, há pouco tomando um sol da manhã no jardinzinho público que fica bem em frente de minha casa e de repente me deparei com um quadro insólito, o qual senti vontade de contar às pessoas. Mas como não tenho pessoas aqui para as quais contar, resolvi escrever.<br />
<br />
Lá estava eu sentada, pensando na minha vida solitária, nos meus sonhos de amor irrealizados e também nos realizados, nos planos projetados e perdidos e outros que se tornaram vencedores. Pensava; somente pensava, ora me rejubilando, ora me amargurando. A vida é uma guerra constante, da qual saímos muitas vezes vitoriosos e outras derrotados. Engraçado é que se vibramos com a vitória, esquecemos muito depressa os sucessos e as alegrias se algum ruim por menor que seja recai sobre nós. Lembramos na vida mais as derrotas que os sucessos. Deveria ser o contrário. Assim, seríamos mais felizes. Eu mesma vou começar a olhar assim para a minha vida; chorar menos; resmungar menos; acreditar mais e dar mais valor aos pequenos detalhes que alegram os meus dias.<br />
<br />
Então voltando a estória do dia, lá estava eu sentada e olhando para a grama e vi uma minhoca que alegre e muito espertinha (dentro de suas possibilidades, é lógico) se arrastava, talvez como eu, tomando um solzinho para se esquentar neste frio danado do "Meu Recanto". Fiquei olhando a Minhoca e lembrando que alguém dissera no programa do Silvio Santos "Show do Milhão" que a minhoca é surda. E então, pensava comigo "coitada!... Surda!...". Bom, mas ela passeava, estava viva, vivinha. Aí eu vi aparecerem formigas: uma.. duas... e daí a pouco um monte, pequeninas, bem pequeninas, quase imperceptíveis. Muitas formigas pequeninas que se jogaram vorazes sobre a minhoca que em relação a elas (formigas) poderia se comparar a uma montanha. Mas as formigas avançaram, a minhoca se rebelou, virou daqui, virou pra lá e vieram mais formigas, muitas mais e muitas e a minhoca se remexia... tentava fugir e não conseguia. E vieram mais formigas e a minhoca começou a se entregar aquele assédio, ficando quase inerte. As formigas pequeninas, mas em grande número, começaram a soerguer a minhoca para carregá-la para seu formigueiro. Vocês sabem que as formigas levam tudo para o grupo que espera; não? Levam para compartilhar, dividir, somar. Cada uma trás um quantidade quase ínfima, que alimenta um batalhão.<br />
<br />
Neste ponto, tive pena da minhoca e pegando um pauzinho, levantei-a e coloquei noutro lugar distante das formigas. Era tarde, a minhoca estava morta e nem se mexeu mais, porém lá vieram as formigas pelo cheiro e se agruparam de novo sobre a minhoca. Fiquei olhando pensativa e vindo para casa, desejei escrever esta crônica, tirando do episódio uma lição de vida, que é tão velha quanto a humanidade:<br />
<br />
A UNIÃO FAZ A FORÇA!<br />
<br />
A família unida vence todas as dificuldades, trabalha na alegria, vence a dor. A família desestruturada leva a grandes infortúnios de seus integrantes – forma delinqüentes, assassinos, drogados, alcoólatras etc.. etc.. etc.<br />
<br />
A pátria quando amada, se tornar forte, produz alimentos o suficiente para todo o seu povo, vence os invasores, vence as guerras, se sobrepõe até as catástrofes da natureza. A pátria quando levada a sério, amada com toda a força se torna uma potência.<br />
<br />
A empresa amada pelos seus componentes, patrões e empregados, que se unem num mesmo objetivo se transforma numa ORGANIZAÇÃO.<br />
<br />
Amigos que se unem num só objetivo, se amam e se respeitam, formam um grupo, uma comunidade e todos se beneficiam.<br />
<br />
Um homem e uma mulher que se amam de verdade - formam uma FAMÍLIA, geram filhos sadios, netos, bisnetos e deste pequeno grupo iniciado pelo AMOR de um homem e uma mulher, nasce um povoado, uma EMPRESA... UMA ORGANIZAÇÃO... NASCE A PÁTRIA.<br />
<br />
A UNIÃO FAZ A FORÇA!!! - AS FORMIGAS PEQUENINAS VENCERAM A MINHOCA ENORME, PORQUE ESTAVAM UNIDAS. A MINHOCA FOI VENCIDA PORQUE SE AVENTUROU NUM PASSEIO SOLITÁRIO SOBRE A GRAMA. PARA A MINHOCA, A GRAMA ERA UM UNIVERSO MUITO ARRISCADO - ENORME DEMAIS. PARA AS FORMIGAS A MINHOCA ERA UM MONSTRO - MAS AS FORMIGAS VENCERAM PELA UNIÃO - PELO TRABALHO - PELA COLABORAÇAO.<br />
<br />
Vamos pensar nisso? Você tiraria desta parábola algo para pensar sobre a nossa proposta COMUNIDADE ARTES?<br />
<br />
PENSE SOZINHO. COMENTE COM SEUS AMIGOS. REPASSE ESTA IDÉIA.<br />
<br />
ReginaCélia<br />
<br />
<br />
escrito em 20/agosto/2001Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-79749822829798194012011-02-26T06:02:00.001-08:002012-10-02T10:31:19.108-07:00A Minhoca - CrônicaA MINHOCA<br />
<br />
Não gosto de filosofar, portanto, gostaria que ao ler este texto, considerassem apenas como sendo uma crônica ou um pequeno conto revestidos de uma lição de vida. Não só vida humana, mas simplesmente vida. Algo assim para se pensar e aplicar no dia a dia.<br />
<br />
Estava eu, há pouco tomando um sol da manhã no jardinzinho público que fica bem em frente de minha casa e de repente me deparei com um quadro insólito, o qual senti vontade de contar às pessoas. Mas como não tenho pessoas aqui para as quais contar, resolvi escrever.<br />
<br />
Lá estava eu sentada, pensando na minha vida solitária, nos meus sonhos de amor irrealizados e também nos realizados, nos planos projetados e perdidos e outros que se tornaram vencedores. Pensava; somente pensava, ora me rejubilando, ora me amargurando. A vida é uma guerra constante, da qual saímos muitas vezes vitoriosos e outras derrotados. Engraçado é que se vibramos com a vitória, esquecemos muito depressa os sucessos e as alegrias se algum ruim por menor que seja recai sobre nós. Lembramos na vida mais as derrotas que os sucessos. Deveria ser o contrário. Assim, seríamos mais felizes. Eu mesma vou começar a olhar assim para a minha vida; chorar menos; resmungar menos; acreditar mais e dar mais valor aos pequenos detalhes que alegram os meus dias.<br />
<br />
Então voltando a estória do dia, lá estava eu sentada e olhando para a grama e vi uma minhoca que alegre e muito espertinha (dentro de suas possibilidades, é lógico) se arrastava, talvez como eu, tomando um solzinho para se esquentar neste frio danado do "Meu Recanto". Fiquei olhando a Minhoca e lembrando que alguém dissera no programa do Silvio Santos "Show do Milhão" que a minhoca é surda. E então, pensava comigo "coitada!... Surda!...". Bom, mas ela passeava, estava viva, vivinha. Aí eu vi aparecerem formigas: uma.. duas... e daí a pouco um monte, pequeninas, bem pequeninas, quase imperceptíveis. Muitas formigas pequeninas que se jogaram vorazes sobre a minhoca que em relação a elas (formigas) poderia se comparar a uma montanha. Mas as formigas avançaram, a minhoca se rebelou, virou daqui, virou pra lá e vieram mais formigas, muitas mais e muitas e a minhoca se remexia... tentava fugir e não conseguia. E vieram mais formigas e a minhoca começou a se entregar aquele assédio, ficando quase inerte. As formigas pequeninas, mas em grande número, começaram a soerguer a minhoca para carregá-la para seu formigueiro. Vocês sabem que as formigas levam tudo para o grupo que espera; não? Levam para compartilhar, dividir, somar. Cada uma trás um quantidade quase ínfima, que alimenta um batalhão.<br />
<br />
Neste ponto, tive pena da minhoca e pegando um pauzinho, levantei-a e coloquei noutro lugar distante das formigas. Era tarde, a minhoca estava morta e nem se mexeu mais, porém lá vieram as formigas pelo cheiro e se agruparam de novo sobre a minhoca. Fiquei olhando pensativa e vindo para casa, desejei escrever esta crônica, tirando do episódio uma lição de vida, que é tão velha quanto a humanidade:<br />
<br />
A UNIÃO FAZ A FORÇA!<br />
<br />
A família unida vence todas as dificuldades, trabalha na alegria, vence a dor. A família desestruturada leva a grandes infortúnios de seus integrantes – forma delinqüentes, assassinos, drogados, alcoólatras etc.. etc.. etc.<br />
<br />
A pátria quando amada, se tornar forte, produz alimentos o suficiente para todo o seu povo, vence os invasores, vence as guerras, se sobrepõe até as catástrofes da natureza. A pátria quando levada a sério, amada com toda a força se torna uma potência.<br />
<br />
A empresa amada pelos seus componentes, patrões e empregados, que se unem num mesmo objetivo se transforma numa ORGANIZAÇÃO.<br />
<br />
Amigos que se unem num só objetivo, se amam e se respeitam, formam um grupo, uma comunidade e todos se beneficiam.<br />
<br />
Um homem e uma mulher que se amam de verdade - formam uma FAMÍLIA, geram filhos sadios, netos, bisnetos e deste pequeno grupo iniciado pelo AMOR de um homem e uma mulher, nasce um povoado, uma EMPRESA... UMA ORGANIZAÇÃO... NASCE A PÁTRIA.<br />
<br />
A UNIÃO FAZ A FORÇA!!! - AS FORMIGAS PEQUENINAS VENCERAM A MINHOCA ENORME, PORQUE ESTAVAM UNIDAS. A MINHOCA FOI VENCIDA PORQUE SE AVENTUROU NUM PASSEIO SOLITÁRIO SOBRE A GRAMA. PARA A MINHOCA, A GRAMA ERA UM UNIVERSO MUITO ARRISCADO - ENORME DEMAIS. PARA AS FORMIGAS A MINHOCA ERA UM MONSTRO - MAS AS FORMIGAS VENCERAM PELA UNIÃO - PELO TRABALHO - PELA COLABORAÇAO.<br />
<br />
Vamos pensar nisso? Você tiraria desta parábola algo para pensar sobre a nossa proposta COMUNIDADE ARTES?<br />
<br />
PENSE SOZINHO. COMENTE COM SEUS AMIGOS. REPASSE ESTA IDÉIA.<br />
<br />
ReginaCélia<br />
<br />
<br />
escrito em 20/agosto/2001Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-17857499522106698582011-02-26T06:00:00.000-08:002012-01-25T09:14:41.837-08:00Suspiros - PoesiaSUSPIROS <br />
<br />
DERRADEIROS <br />
<br />
<br />
<br />
Acabaram-se as emoções ... <br />
não existem mais esperas, <br />
nem desejos, tampouco saudades ... <br />
<br />
O vulto da ilusão desaparece, <br />
a luz se apaga, <br />
o coração amortece, <br />
fica o vazio cheio de nada, <br />
vazio sem lembranças, <br />
sem momentos, <br />
com apenas horas caladas, <br />
minutos suspensos no ar ... <br />
<br />
Ficam saudades, sem saudades, <br />
lembranças perdidas, <br />
de um vulto fantasma <br />
que caminhava nas noites <br />
de braços estendidos, <br />
buscando emoções não sentidas, <br />
buscando aconchego no vazio ... <br />
... ... ... ... sem nada! <br />
<br />
<br />
Ficam lembranças da ternura buscada, <br />
de emoções rejeitadas, <br />
de mãos que se apertam, <br />
lábios que jamais se tocam, <br />
de corpos etéreos, vagando <br />
no infinito ... ... perdidos <br />
no êxtase do imenso universo <br />
onde cores não se confundem <br />
simplesmente por falta de cor. <br />
<br />
<br />
Vazio ... vazio sem dor ... <br />
Busca ... busca sem encontro, <br />
Fuga ... fuga sem perda, <br />
Luta ... luta sem guerra, <br />
pois não existe nada a conquistar, <br />
tão pouco conquistador. <br />
<br />
<br />
maio de 1979 – reginacélia -ailecaniger<br />
<br />
Direitos Autorais Reservadosvistem meus sites<br />
<a href="http://www.telemensagemfonada.com.br">telemensagemfonada</a><br />
<a href="http://www.telemensagem.online.nom.br">telemensagem.online</a><br />
<a href="http://www.baixatelemensagem.com.br">baixatelemensagem</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-13861214463309956732011-02-26T05:57:00.001-08:002011-02-26T05:58:30.689-08:00Meditação - PoesiaMEDITAÇÃO<br />
<br />
<br />
A vida não é um sonho, <br />
mas como viver sem sonhar? <br />
Que fazer do amor <br />
que nasce no âmago e não pode viver? <br />
Que fazer da alegria,<br />
que um dia nos sorria, <br />
agora no silêncio das noites vazias, <br />
sem prantos, sem lágrimas, <br />
os soluços não encontra, para desabafar?<br />
<br />
Que fazer do sufoco, do grito sem eco, <br />
que se estende ao infinito para nada buscar? <br />
<br />
Que fazer da dor, que não se pode sentir, <br />
porque os laços são frágeis <br />
e fáceis demais de se desatar? <br />
<br />
Que fazer da saudade <br />
de momentos de ternura, <br />
nos quais se oferece <br />
por pura necessidade <br />
de se dar? <br />
<br />
**** <br />
<br />
"Não lamentes, não chores, <br />
não ofereças, <br />
que o amor se realiza <br />
no silêncio paciente <br />
dos que nada têm a buscar... <br />
<br />
<br />
Não fales. Não grites. <br />
Que se o mundo te ouve <br />
destruirá todas as cores <br />
que de fantasia criaste <br />
no painel de teus sonhos <br />
com pincéis incolores." <br />
<br />
<br />
julho de 1979 – reginacélia - ailecaniger<br />
<br />
Direitos autorais reservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-3195709979466301202011-02-26T05:56:00.000-08:002011-02-26T05:56:05.045-08:00Quero te Encontrar - Prosa PoéticaQUERO TE ENCONTRAR <br />
<br />
prosa poética <br />
<br />
<br />
Quero te encontrar outra vez, <br />
num noite de lua, talvez... <br />
com minha mão na tua <br />
caminhar por ruas, por jardins <br />
beijar-te com avidez, <br />
e sob a luz branca da lua <br />
tornar-me toda só tua. <br />
<br />
Quero te encontrar outra vez, <br />
num dia claro de sol luminoso, <br />
caminhar na praia, talvez, <br />
ou afrontar o mar tenebroso <br />
e sem medo, sem receio <br />
entregar-te em sofreguidão <br />
o meu corpo, a minh’alma <br />
e delirar de paixão. <br />
<br />
Quero te encontrar outro dia <br />
sob a chuva ou garoa fininha, <br />
esconder-me entre os teus braços <br />
apertar estes nossos laços <br />
sendo a fantasia uma fitinha <br />
que amarra corações. <br />
<br />
Quero te encontrar outra noite <br />
nos lençóis de seda de minha cama <br />
fazer-te herói, fazer-te deus, <br />
satisfazer todos os sonhos teus. <br />
<br />
Quero te encontrar na tardinha, <br />
quando o vento sopra seus segredos <br />
e com meu braço no teu braço <br />
voar tal qual uma andorinha <br />
nos céus dos teus enlevos <br />
de amante e cavaleiro domador. <br />
<br />
Quero acordar de manhãzinha <br />
abrir minha janela para a vida, <br />
respirar o ar das manhãs, <br />
sentir o sol no meu rosto <br />
e voltando o meu olhar <br />
para o meu leito ainda desfeito <br />
encontrar as marcas do teu corpo <br />
e das nossas noites de amor. <br />
<br />
<br />
(pseudônimo) ailecaniger - Regina Célia <br />
Direitos Autorais Reservados <br />
Escrita em 18/09/2000Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-45015486101648617012011-02-26T05:54:00.001-08:002011-02-26T05:54:12.858-08:00Sou Feliz - PoesiaSou feliz<br />
<br />
Como eu sou feliz!!!<br />
Oh deus!... Oh deus do amor...<br />
vieste, até que enfim vieste<br />
deitar-te nestes meus lençóis<br />
de seda que te estendo...<br />
onde nossos corpos gemeram<br />
e arfaram ao som indelével<br />
da música de nossos desejos...<br />
<br />
Oh deus do amor...vieste ao meu encontro<br />
e me deste o prazer máximo<br />
aquele que de ti esperei uma vida.<br />
Mas valeu... amor...vida de minha vida...<br />
amor... deus majestade<br />
acordaste-me do meu sono..<br />
do sono de "Majestade Estática".<br />
<br />
Um dia, há um tempo distante<br />
estendi-te as flores do meu pranto,<br />
forrei tua cama com as pétalas<br />
desfolhadas de minhas esperanças.<br />
Fugiste... Magoada, cantei-te<br />
em versos perdidos em noites frias...<br />
mas hoje te tive em meus lençóis,<br />
onde falei-te de amor...<br />
te possuí e me possuíste,<br />
e esquecidas quero deixar as flores..<br />
que um dia ao léu lancei..<br />
Vem meu deus... amor de minha vida..<br />
meu dono... meu rei... que para ti<br />
quero ser eternamente "RAINHA".<br />
<br />
****<br />
reginacelia - ailecaniger<br />
Direitos Autorais Reservados<br />
<br />
em homenagem ao dia dos namorados...<br />
e ao "deus do amorUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-91344762151456332162011-02-26T05:53:00.001-08:002011-02-26T05:53:18.592-08:00O Homem em Alto Mar - Prosa PoéticaO Homem em Alto Mar<br />
<br />
prosa poética (uma parábola)<br />
<br />
A história do homem que navegava e<br />
<br />
da mulher que nadava!<br />
<br />
Era uma vez um homem que navegava por altos mares. Seguia em busca de novidades... o dia se punha alto... o sol brilhava altaneiro e já se descambava no horizonte... na grande imensidão do nada ele avistou um vulto... um vulto de mulher que nadava.<br />
Apressou-se com suas remadas para alcançá-la. Quem sabe precisava de alguma coisa? Em tão alto mar, que faria aquela mulher se uma onda maior viesse?<br />
Aproximando-se da mulher, perguntou:<br />
<br />
- "Que fazes aí sozinha em alto mar, nadando a braçadas? Não tens medo?"<br />
<br />
A mulher respondeu:<br />
- "Não tenho medo. Caminho sobre as ondas dos sonhos, e os meus sonhos me tornam leve, de tal forma que as ondas não me cobrem.. eu flutuo sobre elas."<br />
<br />
Então o homem perguntou:<br />
- "E o sol não te queima a pele, não te fere os olhos, não te cega?"<br />
<br />
A mulher respondeu:<br />
- "Não, o sol é um deus que vive dentro de mim, não me queima, pois o escondo em mim mesma como se fosse um precioso troféu."<br />
<br />
O homem retrucou:<br />
- "Não te sentes só neste mar infinito.. onde nada se vê.. nada se encontra?"<br />
<br />
A mulher responde:<br />
- "Não viajante de altos mares. Não. Porque sou dona do meu destino, o escolhi assim, boiar sozinha em altos mares, deixar-me queimar pelo sol, e viver só.. nas ondas dos meus sonhos."<br />
<br />
E a mulher continua:<br />
- "Mas e tu, viajante, o que fazes neste mar deserto, em tão alto mar que a terra firme se vê tão distante? O que buscas, meu viajante?"<br />
<br />
Ao que o homem respondeu:<br />
- "Busco o prazer.. somente o prazer. Busco o desconhecido... a beleza... a leveza...o encanto dos mares... o perigo das ondas... a alucinação das sereias!!! "<br />
Pergunta a mulher:<br />
- "Mas que prazer buscas nestas visões de perigo e alucinação?"<br />
<br />
E o homem responde:<br />
- "O prazer de conquistar.. a imensidão.. o nada... conquistar talvez o sonho que vive dentro de mim.. e que nem sei qual é... busco... busco...busco e não sei o que busco, se busco a certeza de um afeto... ou apenas momentos de fantasia... mas busco.. quem sabe um dia hei de encontrar.. e preencher o vazio que, mesmo estando em meio à multidão, habita dentro de mim."<br />
<br />
A mulher então diz ao homem:<br />
- "Eu sei... tu buscas o sonho da felicidade... que em algum lugar deixastes sem saber que o deixavas, e nem onde o deixavas, e agora o procuras para torná-lo talvez uma realidade... mas não encontras. Não é assim?"<br />
<br />
E então o homem, com olhos brilhantes, diz:<br />
- "Sim.. busco o sonho da felicidade para preencher o meu vazio.. o vazio que me foi deixado.. pelo meu querer sem querer.. amar sem amar.. desejar sem desejar. Enfim.. busco o paraíso.. que não sei onde está... se dentro de mim.. se fora de mim... em alguém distante, em alguém perto ou além, no infinito."<br />
<br />
A mulher então diz ao homem:<br />
- "Venha, aconchega-te em meus braços e sinta o meu palpitar.. sinta o vulcão do sol que brilha dentro de mim... sinta-me, possua-me.. e encontrarás o paraíso.. não o paraíso que está dentro de mim.. mas aquele que está dentro de ti. Não importa se sou bela ou se sou feia, se sou apenas uma voragem... ou uma nuvem que passa... porque de fato.. o paraíso está é dentro de ti e não em lugar algum em que busques."<br />
<br />
Nisto, a mulher se agarra na barca do homem e sobe... o homem a possui.. e no êxtase do prazer se eleva aos céus... mas de repente vem uma onda muito grande...trovões e relâmpagos que clareiam os céus, e por um instante o homem vislumbra o rosto da mulher que está a possuir...("Oh! Ela é humana!") mas não é um ser humano que ele busca... ele busca as deusas dos mares... que flutuam nas ondas de seus sonhos... e reluzem ao sol de verão de sua juventude fugidia... diante desta tormenta de raios, incertezas, angústias, e o sentimento angustiante da perda do falo, o homem diz a mulher:<br />
<br />
- "Por favor, desça de minha barca.. pois ela é leve e insegura.. com a força das ondas... nós dois seremos, ambos, arrebatados mar a dentro numa viagem sem volta...paremos por aqui, eu te peço...desça de minha barca, pois tu, do teu lado, pareces incliná-la com tuas fantasias idiotas, com teus sonhos que pesam como quilos e mais quilos de chumbo em minha barca."<br />
<br />
A mulher responde:<br />
- "Não te preocupes.. eu não peso.. porque sou apenas um sonho... a onda virá... e por cima dela me projetarei... porque os sonhos não pesam... os sonhos voam.. os sonhos, como nuvens, se desfazem... ou se fazem... não pesam.. são apenas sonhos.. nada mais."<br />
<br />
Porém o homem, assustado, com medo de que a sua estabilidade de navegador estivesse ameaçada e sua real felicidade pudesse ser destruída... empurra a mulher.. e esta cai no mar e desaparece.<br />
<br />
Passa-se o tempo... e um dia outra vez em alto mar o homem busca com o olhar perdido aquele vulto... pois seu corpo e sua alma pedem, de novo, uma viagem ao paraíso, aquela viagem repleta de delírios e desejos que as sereias não lhe puderam dar, mas... as ondas vão... as ondas vêm.. e nada.. nenhum vulto se vislumbra mar a dentro... a mulher que tinha figura humana desapareceu entre as ondas, perdeu-se no infinito de seus próprios sonhos.<br />
<br />
<br />
O SONHO SE EVAPOROU...<br />
<br />
Então o homem se pergunta: "Mas por quê?"<br />
<br />
"Eu não fiz nada... dei-lhe apenas um leve tranco... para não pesar na minha barca.. por que ela não voltou, depois que a onda e a tempestade passaram?" <br />
<br />
<br />
<br />
Então dos céus uma voz lhe responde:<br />
<br />
<br />
<br />
"Amigo... o sonho de ser feliz é um sonho... mas quando ele se torna realidade, se você não o abraça, não o prende... e não enfrenta todos os riscos que para ser feliz se fazem necessários... o sonho vai embora.. e junto vai<br />
<br />
- A FELICIDADE!<br />
<br />
ailecaniger – regina célia<br />
<br />
escrita em 20/07/2000<br />
<br />
Direitos Autorais ReservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-90257180509124224952011-02-26T05:47:00.001-08:002011-02-26T05:47:57.906-08:00O jogo - Versinhoso jogo <br />
<br />
do amor <br />
<br />
<br />
Fujo ... não foges. <br />
Busco... não buscas. <br />
Quero... não queres. <br />
Entrega, não entrego. <br />
Eu digo, emudeces. <br />
Me calo, murmuras. <br />
Se choro ... ... ... ... <br />
Ficas Feliz! ... <br />
<br />
<br />
maio de 1979 – reginacélia -ailecaniger<br />
<br />
Direitos Autorais ReservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-44696885751263203932011-02-26T05:46:00.001-08:002011-02-26T05:46:11.423-08:00O Amor - PoesiaO AMOR <br />
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<br />
O amor tem seus próprios caminhos, <br />
ele chega... assim devagar...parece brincadeira, <br />
sorri, talvez,... ou quem sabe lamenta, inventa, <br />
oferece, se nega, busca, foge, ... <br />
e de repente como louco desvairado <br />
em guerra surda, luta sem armas, <br />
de peito aberto, se entrega, se mata, <br />
para depois fugir...quem sabe com nojo <br />
do próprio sangue que derrama <br />
no leito da terra não virgem, <br />
<br />
esquecendo-se que o ventre que se abre <br />
não é o da vaidade, que se poupa, <br />
que se nega, mas sim da mãe, <br />
que afaga, que se doa, <br />
simplesmente porque sabe amar. <br />
<br />
O amor está no olhar que relutante se afasta. <br />
Talvez no sorriso que espontâneo se dá. <br />
Talvez na palavra de conforto que se oferece, <br />
na frase do que pede auxílio, <br />
ou, ... na mão que aberta se estende <br />
num gesto amigo. <br />
<br />
<br />
dezembro de 1979 – reginacélia – ailecaniger<br />
<br />
Direitos autorais reservadosUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-78925835609965421262011-02-26T05:44:00.001-08:002011-02-26T05:44:39.594-08:00Majestade Estática - MonologoMajestade Estática <br />
<br />
Um Monólogo Delirante<br />
<br />
Segundo Ato<br />
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<br />
<br />
Prostrei-me diante do AMOR e o venerei, <br />
dei como oferta, meus sonhos feitos em pedaços <br />
que ele reconstruiu com suas mãos de gelo. <br />
Bebi do seu olhar na sofreguidão da minha sede, <br />
alimentei-me de migalhas de afeto <br />
que caiam de sua mesa. <br />
<br />
Fiz para o AMOR, deus, majestade, <br />
um altar adornado com preciosidades <br />
recolhidas no mar de minhas fantasias. <br />
Forrei sua cama com as pétalas das flores <br />
desfolhadas da roseira de minhas esperanças. <br />
Molhei o seu corpo com o bálsamo perfumado, <br />
preparado com o sumo de minhas crenças. <br />
<br />
Fiz do AMOR, um deus, de mim, uma mendicante <br />
e passei minhas horas sentada à sua porta <br />
ouvindo a música que ele não compusera, <br />
esperando a palavra que não dissera, <br />
buscando um gesto que ele não pudera dar. <br />
<br />
E assim, o AMOR, majestade estática, <br />
com seu olhar de metal fitando o meu, <br />
com seus ouvidos surdos ouvindo meus sussurros, <br />
com seu corpo frio que irradiava calor, <br />
com sua voz muda que falava de anseios, <br />
com suas mãos paradas que me aconchegavam, <br />
imprima em minh’alma SEUS VERSOS EM COR. <br />
<br />
Hoje, o AMOR, majestade estática, <br />
paira no ar e não o encontro. <br />
Silencia-se a música, calam-se os sussurros <br />
pois é chegada a hora de despertar, <br />
buscar a verdade, mergulhar no êxtase <br />
de uma fria realidade. <br />
<br />
Hoje, é hora, é fim. <br />
Transformem-se verdades em verdades, <br />
mentiras em mentiras. <br />
Não vivamos de amor fantasia <br />
que enlouquece. <br />
<br />
Encontremos apenas ... <br />
<br />
MOMENTOS PARA AMAR !!! <br />
<br />
<br />
ailecaniger - reginacélia<br />
<br />
Direitos Autorais Reservados<br />
<br />
Escrita em 1979 - do Livro "Sublimação"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9194733007964598289.post-76079756491394367422011-02-26T05:42:00.001-08:002011-02-26T05:42:45.324-08:00Lá vem o Amor - ModinhaLá vem o AMOR <br />
<br />
<br />
modinha popular <br />
<br />
<br />
<br />
Lá vem o AMOR <br />
de braços erguidos <br />
buscando o infinito <br />
sem nada encontrar ... <br />
<br />
Lá vem o AMOR<br />
de ombros caídos <br />
chorando no vazio <br />
que lhe querem dar ... <br />
<br />
Lá vem o AMOR <br />
de olhos luminosos <br />
rindo de tudo <br />
que lhe querem negar ... <br />
<br />
Lá vem o AMOR <br />
caminhando devagar <br />
ruminando a dor <br />
dos que não sabem amar ... <br />
<br />
Lá vem o AMOR <br />
de rosto âmbar <br />
falando no silêncio <br />
do seu profundo meditar ... <br />
<br />
E o AMOR caminha <br />
em busca de tudo <br />
em busca da vida <br />
cheio de sonhos <br />
repleto de alegria <br />
de dor e fantasia <br />
mas sempre pronto <br />
para se entregar. <br />
<br />
dezembro de 1978 –<br />
reginacélia -ailecaniger<br />
<br />
Direitos Autorais ReservadosUnknownnoreply@blogger.com0